sábado, 12 de janeiro de 2013

Email que recebemos Hoje do nosso Presidente da Federação de Ciclismo de Santa Catarina.

 Como é bom saber que ainda tem gente da gente... 


PREZADOS CICLISTAS DO NORTE E NORDESTE

Lamento que poucos,  pouquíssimos se manifestem parabenizando o autor pelo corajoso e sincero desabafo como este, feito pelo George Presidente da Federação Piauiense de Ciclismo, que é sangue novo no meio.
Esta pérola é a mais verdadeira  e inteligente manifestação,  que  poderia ser expressada em um momento tão importante, devido ao pleito eleitoral a CBC, está em curso.
Pregou-se no Brasil Ciclístico de forma covarde e mentirosa, que sempre existe uma oposição/discriminação do sul/sudeste contra os estados do norte e nordeste, o que não é verdade.
A chapa de oposição a atual didatura da CBC, é composta por Edmilson das Virgens -advogado como Presidente, que é do estado do Tocantins,  Getulio de Oliveira Souza Filho -  1o vice,  professor de educação física ligado ao paradesporto (presidente do Amazonas) e  Adir Romeo - 2o vice, professor de educação física ligado ao olimpísmo (técnico da seleção brasileira de ciclismo em várias oportunidades - Paraná).
A chapa poderia ser totalmente integrada por presidentes do norte e nordeste, porém, convites feitos não foram aceitos.
Isso só foi possível, porque houve a desistência em favor desta unidade nacional, por parte dos presidentes do sul, sudeste e centro.
O esporte nacional e os estados sobrevivem graças aos recursos públicos, reduzidos, difíceis de serem conseguidos, impossíveis de serem prestado contas, gerando sempre problemas às entidades que em sua maioria, não dispõem de conhecimento  técnico para o trato com o serviço público.
Diante de tanta insegurança e desconfiança gerada pela má gestão da entidade maior, a iniciativa privada desapareceu, porém, um grupo de empresários (que não vendem bicicletas, não fabricam aros ou associam sua atividade empresarial ao esporte), verdadeiros mecenas do esporte, resolveram  investir como última tentativa de salvar o ciclismo brasileiro.
O grupo apoiador é formado por Victor Malzoni (Grupo Malzoni), João Paulo Diniz (Grupo Pão de Açucar) e Fernando Nabuco (ex presidente da Bolsa de Valores de São Paulo).
Nosso esporte ainda vive a época das capitanias hereditárias, com um donatário.
Sabidamente cada um de vocês atletas, que vivem o dia-a-dia do esporte com muitas dificuldades, não imaginam que nossas entidades (federações) não recebem qualquer tipo de auxílio financeiro oportunizado por parte da CBC (vejam o que George diz acima), o que não ocorre em modalidades como o atletismo, judô, natação, .... 
O que se recebe, de tempos em tempos, como neste momento, são apenas agrados em troca de apoio eleitoral.
O que se propõe  ainda, é que cada federação receba um recurso mensal para sua manutenção.  
A entrada do grupo de empresários (hoje 3, mas que irá receber outros), condicionaram o apoio, exigindo  apenas a mudança na forma da gestão da entidade, fazendo-a  mais eficiente e principalmente transparente, cristalina, limpa.
É simples – daqui para frente, a gestão da CBC será feita de forma colegiada através de um conselho de governança, formada por 11 pessoas, sendo: 1 presidente de Federação de cada região (eleito pela região), representando o norte, o nordeste, o centro e o sul/sudeste - 04 pessoas. 1 representante dos atletas (eleito por estes), 01 representante das equipes/clubes (eleito por estes), 03 representantes de empresários e o presidente da CBC (eleito pelas 27 federações estaduais).
O conselho se reunirá bimestralmente e se renovará a cada 2 anos, e em cada reunião terá 01 conselheiro convidado, que poderá ser qualquer pessoa por indicação da sociedade ciclística.
Nas áreas técnicas serão criados Comitês Temáticos nas áreas de marketing, técnica, arbitragem e  anti doping.
Nada disso irá alterar o que já é previsto nos estatutos da CBC, como as assembléias de prestação de contas e eletivas, onde votam todos os presidentes de federações.
As próprias mudanças propostas, só terão efeitos se as federações aprovarem tais alterações nos estatutos.
Estamos vivendo momentos conturbados para com nosso esporte, com as irregularidades já apontadas pelo tribunal de contas da união (acesse o site do TCU – link - https://contas.tcu.gov.br/juris/Web/Juris/ConsultarTextual2/Processos.faces?textoPesquisa=confedera%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20de%20ciclismo&), pela inércia da CBC em combater o doping que culminou com a perda do contrato com o Banco do Brasil (http://esportes.br.msn.com/esportes/confedera%C3%A7%C3%A3o-brasileira-lava-as-m%C3%A3os-e-n%C3%A3o-investigar%C3%A1-den%C3%BAncia-de-doping-no-ciclismo) dentre outras.
O cavalo encilhado está passando à porta do ciclismo brasileiro, e todos temos que montá-lo.
No dia 05/01 o presidente da CBC,   possívelmente  com recursos da própria entidade, reuniu todos os presidentes do norte/nordeste em um encontro exclusivamente político em Brasília, com o fim de obter o apoio de seu nome a presidência da CBC através de um pacto, pacto que já não existe, pelo simples fato do presidente do Tocantins e Amazonas (ambos do norte) comporem a chapa de oposição.
O ciclismo brasileiro pode  mudar, anos luz a nossa frente, para melhor.
A sociedade ciclística (todos nós) pode  fazer isso, cobrando postura de seus presidentes, repercutindo o desabafo do George, nas redes sociais.
As irregularidades já apontadas pelo TCU,  são apenas a ponta do iceberg, muitas outras ainda aparecerão.

Divulguem, multipliquem estas informações, VAMOS MUDAR A CBC.


JOÃO CARLOS DE ANDRADE
FEDERAÇÃO CATARINENSE DE CICLISMO
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CREF/SC 546
CRIADOR DO TOUR DE SANTA CATARINA – 25 anos de existência
ORGANIZADOR DO CAMPEONATO MUNDIAL DE MOUNTAIN BIKE MASTER 2010/2011/2012
ORGANIZADOR DA COPA DO MUNDO DE MOUNTAIN BIKE ELITE 2005/2006
ORGANIZADOR DO CAMPEONATO PAN AMERICANO DE MOUNTAIN BIKE  2007

3 comentários:

  1. Tudo tem que ser passado a limpo, entende que uma confederação cujo presidente foi eleito por representes de federações que foram eleitas de forma ilegal, por clubes ilegais, também se deveria considerar que tal representante de uma confederação esteja exercendo o cargo de forma ilegal. Estas são, portanto umas confederações que se encontram na ilegalidade, e não deveriam ser responsáveis pelo comando legal de Federações a ela filiadas. No entanto aqui neste nosso país a coisa anda assim onde um clube ilegal elege de forma “legal” uma confederação e por ter sido eleita desta forma também deveria também ser considerada uma entidade ilegal, e não deveriam estar à frente do comando da modalidade para o qual foi constituída. Assim qualquer Federação que se encontre na ilegalidade não deveria ter direito a voto e representar o seu estado no atual pleito para as Confederações. Em nosso caso a Confederação Brasileira de Ciclismo. Estas são minhas considerações a respeito da atual situação do ciclismo brasileiro frente às denuncias que se tem constatado pelo Brasil afora.

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  2. Outra coisa, quem pode garantir, que seja qual for o vencedor do pleito para a presidência da Confederação, que os representantes das Federações (presidentes) que o apoiam não tenham sido eleitos também na ilegalidade. Do jeito que as coisas andam se ficar o bicho come se correr o bicho pega. Tenho visto que algumas federações estaduais do ciclismo,segundo consta as queixas e acusações locais, que as mesmas não deveriam representar seus estados da forma como foram constituídas. Quem pode garantir que a mudança tão esperada não seja a troca da meia dúzia por seis? Alguém tem algum comentário a fazer sobre esta possibilidade? Creio que esta mudança não vai trazer muito beneficio ao desenvolvimento para o ciclismo brasileiro em virtude da grande dificuldade em saber quem realmente está apto legalmente a representar o seu estado para eleger a nova diretoria da Confederação Brasileira de Ciclismo. Desta forma entendo que seja qual for à chapa eleita corremos o risco de que a mesma tenha sido eleita por representantes (presidentes) de Federações que também foram eleitos através de votos de representantes de clubes que também se encontram funcionando de forma irregular. E a coisa continua girando em círculos concêntricos e não chegaremos a lugar algum.

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  3. Esses comentários se adequam perfeitamente à Federação de Pernambuco, onde o seu atual representante, diga-se de passagem já vem ocupando esse lugar há bastante tempo (+ de 12 anos), se encontra. Há um monopólio/nepotismo aqui presente, aparentando ser de uma maneira nada convencional, que impede a assunção de alguém novo ao meio o qual tenha um real comprometimento com o ciclismo no Estado. Por outro lado, tenho conhecimento de atletas insatisfeitos com a situação, que reclamam mas em nada se mobilizam para uma mudança. Ou seja: um típico "comportamento brasileiro" de se estar insatisfeito com algo e nada fazer. Poxa, eu me pergunto: Será que aqui (Brasil) nunca se acordará para um movimento em prol das classes? Será que sempre se abaixarão as cabeças e se calarão, concentindo os abusos e barbáries? Será que enquanto houver a cervejinha, as novelas, o carnaval e o futebol (por que somente o "futebol"?, Sem querer ser preconceituoso) estará tudo bem? Vocês atletas do ciclismo têm o poder de mudança. Mexam-se!!! Deixem da mesmice de apenas reclamar e "caiam em campo", ou melhor dizendo "na estrada" e façam algo em benefício de si mesmos e das próximas gerações de ciclistas que estão por vir.

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