Por: George Panara
(colaborou: Roberto Smera)
Ao que tudo indica, não passou de uma atrapalhada a história de Horner e sua saída da Espanha sem fazer o controle de dopagem . A USADA acaba de emitir uma nota isentando Chris Horner por não ter sido localizado no hotel indicado. Ao que tudo indica, a Agencia Espanhola Antidopagem não recebeu a atualização da informação por parte da agencia estadunidense e assim justifica-se a sua ausência.
Horner atualizou a informação, porém esta não chegou em tempo hábil às mãos dos comissários espanhóis que foram para o hotel aonde a equipe RadioShack estava hospedada. Chegando lá não econtraram Horner e depois se dirigiram para o hotel da notificação, mas o ciclista já estava em viagem.
Assim não se considera um “no show” ou falha no teste, além disso o comunicado nega que a USADA ou a AEPSAD –( Agencia Espanhola de Proteção da Saude no Desporto) tenham vazado a informação aos meios de comunicação, um dos motivos que levaram a direção da RadioShack a emitir uma nota com um tom mais duro contra os fatos apresentados e divulgados pela grande imprensa internacional e que repercutiram em todo o mundo em sites especializados, blog’s e nas redes sociais.
Porém, sempre há pessoas que dão algumas dicas, colocam a dúvida no ar ou desvendam pequenos mistérios, coisas que não chegam ao grande público. Desta vez resgatamos a informação junto a um grupo de debates do site Cyclingnews aonde Terrence Martineau – que trabalha como “chaperone” o que seria para nós o fiscal acompanhante – nos apresenta o caminho para o que muitos estão considerando o álibi de Horner: “ o ciclista informou, em tempo hábil , diretamente a USADA nos Estados Unidos sobre o novo local aonde estaria hospedado. A AEA não recebeu a informação antes que seus comissários chegassem ao hotel. Lendo o e-mail trocado entre o ciclista e a USADA pode-se perceber que o ciclista escolhe uma janela de 1 hora, durante o dia, para ser testado. Ou seja é o ciclista que define a hora que quer ser testado, e no caso de Horner a janela é das 6 às 7 da manhã
A coisa toda funciona da seguinte forma: O desportista a ser testado deve fornecer a sua localização precisa durante todo o dia, e pode ser testado a qualquer hora entre as 6 h as 23 hs caso seja localizado pelo agente. Agora, o atleta mal intencionado pode se esconder no porão da casa e ficar com as luzes apagadas durante o tempo que achar necessário para diluir uma suposta microdosagem, mas é obrigado a estipular 1 hora todo o dia onde estará disponível para ser testado. E é somente nessa hora, se os agentes aparecerem e o ciclista não estiver disponível que é considerado como teste perdido ou “no show” . Para muitos, desta vez, esse foi o álibi de Horner: Com a confusão criada, o campeão da Vuelta, após as 7 horas da manhã , horário determinado por ele como fim da janela para testes surpresa , não teria mais o que esperar, assim pegou um carro e foi em direção ao aeroporto de Sevilha para retornar a sua casa nos Estados Unidos.
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