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Banido do ciclismo por doping, Lance Armstrong diz: 'Faria tudo de novo'
Considerado por muitos o maior ciclista de todos os tempos até ter sido banido do esporte por doping dois anos atrás, Lance Armstrong falou pela primeira vez desde 2013 sobre o caso que o transformou de herói a vilão do ciclismo mundial.
Em entrevista exclusiva à BBC, Armstrong admitiu que, sob as mesmas circunstâncias, se voltasse no tempo, não teria mudado a decisão que tomou em 1995, quando começou a se dopar para disputar as principais competições do ciclismo.
"Se eu estivesse correndo agora, em 2015, não, eu não faria isso de novo porque não acho que você precisa fazer", disse. "Mas se você me levasse de volta a 1995, quando o doping era completamente disseminado, eu provavelmente faria tudo de novo."
Lance Armstrong se tornou um ídolo mundial após ter se recuperado de um câncer e vencido o Tour de France (Volta da França), principal competição do ciclismo, por sete vezes consecutivas, entre 1999 e 2005. Ele se aposentou naquele ano, mas decidiu voltar em 2009, quando novamente sofreu acusações de doping. O ex-ciclista americano acabou banido do esporte em 2012 pela Usada (Agência Americana Anti-Doping), que comprovou o uso de substâncias ilícitas por Armstrong enquanto competia.
O americano era alvo de acusações de doping desde que se recuperou do câncer, em 1996. Armstrong negou veementemente as alegações por mais de uma década.
Até que em 2012, a Usada apresentou um relatório de mil páginas provando o uso de substâncias ilícitas - e de um esquema de troca ilícita de amostras em exames de urina - pelo ciclista americano e o baniu do esporte. Com o resultado da investigação, Lance Armstrong se disse "cansado" de ter de provar sua inocência e afirmou que não iria mais recorrer da decisão da Usada. Assim, ele perdeu todos os seus troféus do Tour de France e todos os outros títulos conquistados ao longo da carreira.
Em janeiro de 2013, Armstrong admitiu pela primeira vez o uso do doping em uma entrevista à apresentadora de TV Oprah Winfrey.
Após a entrevista, ele foi forçado a deixar a instituição de combate ao câncer que ele mesmo criou, a Fundação Lance Armstrong, perdeu seus patrocinadores e ficou distante da imprensa pelos últimos dois anos.
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