Bicampeão do Tour de France (2007 e 2009), Alberto Contador ameaçou não participar da próxima edição do evento caso sua equipe não receba uma licença Pro Tour com suficiente antecipação. Não classificada, a Saxo-Tinkoff (equipe de Contador) depende disso para participar.
"Se me avisam somente dois meses antes do Tour, acredito que não irei. Preciso me prepararar, porque se vou ao Tour, é para vencê-lo. Se não tiver tempo para me preparar com meus companheiros, não acho que irei ao Tour", disse o ciclista ao programa francês "France 2".
Assim como as demais equipes que pediram a renovação da licença Pro Tour, a Saxo foi interrogada pela Comissão de Licenças da UCI, que anunciará nos próximos dias a lista das equipes admitidas na primeira divisão. Caso ela não receba a licença, a equipe poderá ser convidada pelos organizadores do evento.
"Eu gostaria muito [de participar], porque é a prova mais importante. Não participei deste ano e gostaria de estar no ano que vem. Para me preparar, preciso da garantia de que minha equipe estará", explicou Contador, que está concentrado com sua equipe nas Ilhas Canárias.
Nas edições anteriores, a organização reservou seus convites às equipes francesas como uma maneira de estimular o esporte no país. Além disso, equipes que não engajadas no combate ao doping ou que possuem em seu plantel atletas com casos de dopagem na carreira são normalmente rejeitadas.
Esse é o caso de Contador, que em 2010 foi suspenso pelo uso de clembuterol, e perdeu o título do Tour daquele ano e foi impossibilitado de participar da última edição. Sobre isso, o atleta mais uma vez reiterou sua inocência.
"Posso dizer bem claramente. Ganhei todas minhas provas 'limpo' e respeitando as regras. Lutar tanto e escutar que o Tour de 2010 não me pertence me parece algo injusto", afirmou.
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